sábado, 10 de março de 2012

2ª Parte porque já a vinda do Senhor está próxima”



 “...porque já a vinda do Senhor está próxima” (v.8, ACF).

O que significa “está próxima”?


O que o lavrador faz em seu trabalho? Ele espera pacientemente pelo fruto precioso e não se deixa desanimar. Ele trabalha esperando esse fruto, ele vive para esse fruto, ele investe nesse fruto.
A expressão “está próxima” dá a entender que um acontecimento está por se realizar. Se o Arrebatamento não poderia ter ocorrido já na época de Tiago, se ainda fosse necessário que se cumprissem outros sinais, o Espírito Santo não teria inspirado as palavras de Tiago dessa forma. A escolha das palavras mostra que o Espírito Santo está se referindo ao Arrebatamento. É verdade que a volta visível de Jesus em glória será precedida por determinados sinais, mas Tiago não fala sobre eles. Ele se dirige a “irmãos” (v.7), isto é, à Igreja, e fala da volta do Senhor para a Igreja, a saber, do Arrebatamento.
“Eis que o juiz está à porta” (v.9, ACF).

O que significa dizer que Jesus está à porta como Juiz?

Quando um visitante anunciado já está diante da nossa porta, não há mais nada que possa anteceder essa visita. O que esperar além de que ele entre a qualquer momento? Quem ou o quê ainda teria espaço entre ele e a porta? Depois do Pentecostes e da edificação da Igreja, o Arrebatamento (e o tribunal do galardão logo depois dele) será o próximo evento no Plano de Salvação. Por isso, com a volta de Jesus também o Juiz está diante da porta.
Em 2 Coríntios 5 encontramos um paralelo claro e uma explicação para isso. Primeiro, Paulo fala do Arrebatamento e o exemplifica pelo ser revestido: “Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito... Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (v.4-5,10). Paulo fala de quatro coisas essenciais:
1. “Não... ser despidos” = significa não ter de morrer;
2. Mas revestidos...” = transformação no Arrebatamento. O que é mortal será “absorvido pela vida”.
3. Para isso recebemos o Espírito Santo como penhor (sinal, garantia). Ele levará a Igreja ao céu no Arrebatamento – o Pentecostes invertido (2 Ts 2.6-7).
4. Logo depois do Arrebatamento virá a revelação diante do trono do julgamento do galardão de Cristo.
Você está esperando por Jesus? Você O espera para qualquer momento? Você ainda O espera hoje? Uma das maiores negligências da Igreja de Jesus é que essa atitude de expectativa foi abandonada. Conseqüentemente, diminuiu também a importância dada às verdades bíblicas e à santificação. Ouvi a respeito de um homem que vivia numa expectativa tão grande a respeito da volta de Cristo que sempre acabava comendo a sobremesa antes da refeição. Agir assim pode ser um exagero, mas por que não exagerar, se isso serve de motivação?

2. A postura interior dirigida para Sua volta

O exemplo que acabamos de mencionar é uma imagem crassa, mas muito bonita da atitude interior que deveríamos assumir em relação à volta do Senhor. Devemos amar a Sua vinda. O amor, porém, não suporta nenhuma interferência. Há algum tempo, uma de minhas filhas disse durante um jantar em nossa casa: “Já faz quatorze horas que não vejo meu marido, tomara que ele chegue logo!” A volta de Jesus, junto com o conseqüente Arrebatamento da Igreja, será o maior acontecimento histórico e político do futuro. Ele vai superar qualquer evento natural, qualquer descoberta científica, simplesmente tudo! Por isso, a Igreja deveria fazer de tudo para expressar a sua esperança pela volta de Jesus. É justamente o que Deus aponta por meio de Tiago. Devemos ter uma atitude interior de prontidão e expectativa. Devemos ser pacientes e fortalecer os nossos corações: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7-8). A ênfase dessa parábola está na expressão de paciência e no fortalecimento do coração na esperança pela volta de Jesus.
O que o lavrador faz em seu trabalho? Ele espera pacientemente pelo fruto precioso e não se deixa desanimar. Ele trabalha esperando esse fruto, ele vive para esse fruto, ele investe nesse fruto. Ele sabe do trabalho duro, que virão mau tempo, ervas daninhas, secas e estiagens, e ainda assim espera somente pelo fruto. Essa imagem é usada em vista da nossa atitude de expectativa pela volta de Jesus. Devemos superar todas as dificuldades, todas as provações – “mau tempo”, “ervas daninhas” – até mesmo a perseguição, tendo em vista a volta do Senhor. Precisamos olhar por cima de todas as coisas e ver somente Jesus e Sua volta. Paciência significa que o Senhor não tem de voltar hoje, mas que Ele pode e, com certeza, vai voltar a qualquer momento! A espera pela volta de Jesus é um “fruto precioso” (valioso). Não há nada de exagerado ou fanático nisso, pois se trata de algo precioso.
Paciência (persistência) gera firmeza e estabilidade interiores: “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (v.8). O que é uma boa base para a estabilidade interior, para superar e persistir, para fortalecer e consolar? A certeza da volta de Jesus. No trecho sobre o Arrebatamento em 1 Tessalonicenses 4, a Bíblia afirma algo parecido com o que Tiago diz: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (v.18).(continua)

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