O amor é o maior argumento do Cristianismo. Há também outras características. Mas o amor é a mais expressiva.
O jornal suíço 20 Minuten publicou um relato sob o título “O salva-vidas da rocha da morte”:
Don Ritchie tem 84 anos de idade. Há quase 50 anos ele mora ao lado de uma rocha apelidada de “The Gap” [“A Fenda”]. Este lugar é muito conhecido em Sydney (Austrália), e não só pela vista que se tem do topo. “The Gap” é considerado um ímã para pessoas cansadas da vida. De acordo com o site express.de, a cada ano cerca de 50 pessoas se lançam para a morte dessa rocha às portas da casa de Ritchie. (...) É claro que o aposentado não deixa que isto aconteça tão facilmente. Sempre que vê um possível candidato à morte, ele calça seus sapatos e caminha os poucos passos até a rocha. Sua tática, de sorrir para a pessoa e convidá-la para tomar um chá, já funcionou cerca de 160 vezes nos últimos 50 anos. Mesmo assim, Ritchie não se considera um herói. “Vi mais gente saltando do que consegui salvar”, lamenta. Mas ele continua tentando.[1]
Este homem não aborda os candidatos ao suicídio com placas de advertência, gritos ou ameaças, mas com um sorriso, uma xícara de chá e algumas palavras de simpatia e conforto. Em todos os tempos, a arma mais poderosa contra a morte e a destruição foi o amor. Jesus nos deu o exemplo: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13.1). Ele, que se tornou nosso Salvador na rocha da morte chamada Gólgota, deixou-nos uma tarefa clara: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).
Todos as religiões têm suas características: símbolos, regras, comportamentos, cerimônias, vestimentas, normas, templos, mensagens. A Igreja de Jesus carrega a marca do amor, que é, de longe, a mais expressiva.
Aparentemente o amor era o assunto que mais importava a Jesus em Suas mensagens de despedida antes do Seu calvário. O amor é o maior argumento do Cristianismo; ele tem o maior poder de penetração e de convencimento, e é uma arma de que nenhuma outra religião ou ideologia dispõe.
Amar não significa que aceitamos ou toleramos o pecado, mas a rejeição é algo que muitas pessoas já experimentam excessivamente. O que conseguiríamos, por exemplo, se demonstrássemos, aos nossos vizinhos, colegas de trabalho e demais pessoas, não uma piedade fria e distante, mas os convidássemos para um café? Muitos corações endurecidos, que antes gelavam ainda mais diante de palavras piedosas, já derreteram sob este amor. (Norbert Lieth