Ultima parte
Os casos de
Corinto e Éfeso
Corinto, a cidade grega mais esplendorosa e próspera, o centro
do comércio entre o Oriente e o Ocidente, claramente era tão escravizada por
Satanás quanto qualquer cidade hoje em dia. O culto de Afrodite, a deusa do amor e da
beleza, cujo exemplo mítico encorajou promiscuidade sexual e perversão, há
muito havia florescido ali. Quando Paulo desembarcou em Corinto (por volta de
50 d.C.), o grandioso templo de colunas de Apolo tinha dominado o centro
comercial da cidade (onde a maior parte da carne vendida para consumo era
primeiramente oferecida aos ídolos) por 600 anos. Ainda assim, não encontramos
nenhum indício de que Paulo tenha se empenhado no "mapeamento
espiritual" das forças demoníacas em Corinto. Ele confiava
que o Evangelho, única e exclusivamente, poderia resgatar os pagãos das garras
de Satanás: "Porque decidi nada saber
entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" (1 Co 2.2).
Ou considere a cidade de Éfeso, cuja riqueza se devia, em grande
parte, à venda de imagens da deusa Diana. O templo dela era o centro da vida em
Éfeso e, como em todas as situações de idolatria, envolvia prostituição, orgias
sexuais e toda sorte de depravações. Se alguma vez um povo foi aprisionado por
Satanás e seus subordinados, estes foram os efésios. Mesmo sem "mapeamento
espiritual" ou outras técnicas de "libertação" promovidas
atualmente, multidões vieram a Cristo e a igreja formada ali esteve entre as
mais fortes e verdadeiras. Sim, Paulo os fez lembrar que a batalha da qual
participavam não era contra carne e sangue, mas contra os principados e
potestades, contra as forças espirituais do mal espalhadas nas regiões
celestiais (Efésios
6.10-12).
Contudo, ele não deu qualquer indício de que essas forças demoníacas devessem
ser mapeadas ou rastreadas, ou que as técnicas psicológicas para tratamento com
personalidades múltiplas devessem ser empregadas. Os crentes deveriam
permanecer firmes na fé, vestidos com a armadura de Deus, sua única arma, "a espada do Espírito, que é a
Palavra de Deus" (v. 17).
A
experiência espiritual mais elevada
A "velha história de Jesus e seu amor", como diz o
clássico hino, "é sempre nova" e mais amada por "aqueles que a
conhecem melhor." Nós nunca iremos avançar, nem mesmo na eternidade, a uma
experiência espiritual ou um entendimento mais elevado do que aqueles produzidos
pela fé no Evangelho simples que nos salva. O fato de que Deus nos amou tanto,
a ponto de se tornar homem, e, mesmo odiado, rejeitado, desprezado e
crucificado, ter morrido em nosso lugar para reconciliar os pecadores consigo
mesmo sempre será, para as almas resgatadas, a fonte de amor, alegria e
adoração no céu. Por toda a eternidade nunca teremos uma canção mais nova ou
melhor do que a "velha história" que sempre é nova.
"Digno és... porque foste morto e com o teu sangue [nos] compraste
para Deus", é o mais elevado louvor possível para os redimidos na presença
de Deus (Ap 5.9). Nisso consiste o segredo da alegria daqueles que habitam o
céu. Por que, então, alguns cristãos andam deprimidos, inseguros, egoístas,
terrenos no modo de pensar e faltos de amor, alegria, paz e vitória em Cristo?
A "velha história de Jesus e Seu amor" se tornou, de fato, velha para
eles, negligenciada e esquecida. Eles não necessitam de aconselhamento
psicológico, mas de um retorno ao seu "primeiro
amor" (Ap 2.4). Nós precisamos meditar
incessantemente sobre essa verdade supremamente maravilhosa, o simples
Evangelho, que sozinho inflama o amor genuíno e a gratidão sincera que devemos,
continuamente, expressar a nosso Senhor.
É louvável se alguém, preocupado em conhecer melhor a Deus,
estuda grego. Contudo, se a habilidade nessa língua fosse essencial para
conhecer a Palavra de Deus e viver uma vida cristã mais frutífera, então seria
de se esperar que os gregos fossem o povo mais parecido com Cristo e o mais
frutífero dentre todos, e Deus exigiria de nós todos a capacidade de falar
grego. Obviamente os gregos nos dias de Cristo e de Paulo conheciam sua língua
nativa muito melhor do que os estudantes modernos desse idioma, mas, mesmo
assim, eles enfrentaram tanta dificuldade para viverem uma vida cristã quanto
qualquer outro. O relacionamento de amor que Deus deseja carece apenas de um
coração sincero e confiante no qual possa crescer.
"Oh!, o mais maravilhoso de tudo...", disse um
compositor, "é que Deus me ama!" Isso é tão simples que até mesmo uma
criança pode crê-lo, mas tão profundo que levaremos toda a eternidade para
começar a sondar as profundezas desse amor! O amor de Deus é revelado no fato
de ter Cristo morrido em nosso lugar! Certamente aqueles que experimentaram
esse amor devem ser impelidos, pelo mesmo amor, a falarem a outros sobre a
salvação disponível através da graça de Deus. Somente esse reconhecimento do
amor e da graça de Deus, impelido pelo Evangelho, é que transforma pecadores em santos
alegres e vitoriosos – e continua a manter esses santos na alegria e na vitória
agora e para sempre. (Dave Hunt -
Este
é o poder do Evangelho!! De seu Irmão e amigo de sempre, Pr. Anísio.