Veja como vale a pena andar na vontade de Deus!!
P-II conclusão
Matt olhou para ele curiosamente, ao mesmo tempo que retirava os
lábios da xícara de café, e perguntou: “Que foi que aconteceu?”
“Lembra-se da noite em que vosso “Land Rover” se foi abaixo e
fostes obrigados a passar a noite no terreno mais perigoso dos Mau Maus?”
Matt sorriu discretamente e disse: “Se me lembro? Nós nunca mais
nos esqueceremos disso!”
Os olhos negros do pastor nativo revelaram um sentimento intenso e
profundo. Então perguntou: “Que seria, se eu vos dissesse que quatro Mau Maus
rastejaram em direção a vós durante a noite; não somente co o propósito de vos
roubarem mas também vos assassinar?”
Lora deixou a colher que tinha na mão, e Matt pôs de lado a sua
xícara precipitadamente. “Tem certeza disso?”, perguntou ele.
“Sim tenho certeza.” Foi a resposta dada vagarosamente. “Um desses
Mau Maus disse-o a um homem aqui na cidade e este homem, por sua vez,
relatou-me a história.”
“Como foi isso – que foi que os impediu de levarem a cabo os seus
planos?” Perguntou Lora quase sem conseguir respirar.
O pastor nativo inclinou-se para a frente de maneira impulsiva e
respondeu: “Eles tiveram medo de dezesseis homens que estavam em volta do vosso
carro!”
Um silêncio completo envolveu a sala, sendo quebrado finalmente
pelo rápido e profundo influxo da respiração de Matt. O jovem casal ficou a
olhar com olhos fixos para o pastor nativo, com ar de incredulidade.
“Dezesseis homens!” Repetiu Matt.
“Quem eram eles, Matt? Você nunca me falou a respeito deles!”
Matt levantou-se e caminhou em direção à janela e, dali, olhou para
trás e fitou diretamente o seu olhar nos olhos do outro homem, e respondeu:
“Como poderia eu fazê-lo? Eu nem sequer sei o que é que está a relatar!”
As três pessoas ficaram embaraçadas acerca do assunto durante algum
tempo, sem contudo conseguirem chegar a uma conclusão. Teriam os Mau Maus por
ventura inventado a história? Mas sendo assim, qual a razão possível de
admitir? E assim, incapazes de desvendar o mistério, Matt e Lora despediram-se
de Ofei, o pastor africano.
A viagem de regresso aos Estados Unidos era longa e de algum modo
cansativa. Contudo, uma vez ali, o casal gozou um tempo de repouso e
relaxamento com pessoas amigas e parentes. Depois de algum tempo, a história
dos dezesseis homens em volta do seu “Land Rover” foi arremessada para fora de
suas mentes.
Finalmente, planejaram um itinerário, e durante certo tempo de suas
vidas estiveram preenchidas com viagens – pregando e mostrando “slides” do seu
campo missionário na África – num esforço de desafiar outros para o Continente
Negro.
Certa noite, depois de Matt ter falado, um amigo de velhos tempos
aproximou-se dele.
Matt estendeu para ele a sua mão firme e exclamou: “Clay Brent! Que
bom ver-te de novo!”
Aquele homem de cabeça ruiva e Matt falaram durante alguns minutos,
durante os quais o caloroso e velho à vontade das suas intimidades antigas
reviveu. Então, sem quaisquer rodeios, Clay observou:
“Tenho sentido um forte desejo de te perguntar isto desde o dia em
que isso aconteceu, Matt”. Depois fez uma pausa pensativa e continuou: “Houve
de fato algum tempo na África em que estivestes envolvidos num perigo de grande
caráter muito particular?”
Matt sentiu que uma recordação lhe entrara na mente a uma velocidade
de relâmpago que o levou a franzir a testa.. “Com certeza absoluta que ouve! E
não há ainda muito tempo!”
“Recordas-te da data?” Matt acenou. “Sim, foi no dia 23 de março.
Por quê?”
Os olhos azuis de Clay pareciam transpassar o outro de lado a lado.
“Que foi que aconteceu Matt?”
“O ‘Land Rover’ deu-nos algum trabalho na terra dos Mau Maus, e
fomos forcados a passar a noite a um bom numero de quilômetros de Nairóbi, sem
que contudo estivessem os nativos conosco. O que é que isto quer dizer, Clay?”
“Bem, naquele mesmo dia, Matt, o Senhor pôs um peso muito grande em
meu coração a seu respeito. O peso era tão grande que eu telefonei a alguns
homens e reunimo-nos na igreja e oramos até que o peso desapareceu. Éramos
dezesseis ao todo.”
Este é o socorro bem presente na angustia que disse o salmista,
no salmo 46.
V. Walden
Extraído de “A espada do Senhor” – Mensário Evangélico Independente – Portugal