sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O reconhecimento de um filósofo!!



Compartilhando Sabedoria.

Um filósofo dedica sua vida a ampliar seu conhecimento acerca do ser, a descobrir os princípios da existência, aquilo que não passa e o que é eterno, para chegar, finalmente, à mais triste das conclusões: “A vida não tem sentido”.
Zürcher Landzeitung (um jornal de Zurique, Suíça) publicou algumas afirmações do filósofo francês Claude Lévi-Strauss, que completou 100 anos em novembro de 2008:
“Estou firmemente convicto de que a vida não tem sentido, que nada tem sentido”, disse Lévi-Strauss à revista Cicero. De todas as religiões, ele declarou sentir afinidades apenas com o budismo. “Por um lado, porque não tem um Deus pessoal, por outro, porque admite que nada tem sentido, que a verdade última está na ausência de sentido, no não-sentido. É esse tipo de fé que consigo aceitar sem pestanejar... Confesso que a idéia de passar para o nada não me agrada, mas também não me inquieta...” [1]
Quer dizer que o sentido está na ausência de sentido (ou não-sentido)? É compreensível que, então, tudo perde o sentido e se torna sem sentido. Desse modo, essa é a única conclusão plausível. O alvo do budismo é o Nirvana, a total não-existência. Isso não é esperança, e não foi para isso que recebemos a vida.
A filosofia é descrita como “amor à sabedoria”. Novecentos anos antes de Cristo já viveu um “filósofo” verdadeiro, que era cheio da sabedoria de Deus. Ele meditou sobre a vida e seu sentido, e anotou seus pensamentos a respeito. Estamos falando de Salomão. Suas anotações estão no livro de Eclesiastes. Ele concluiu que a vida é vazia de sentido quando Aquele que lhe dá sentido – Deus – não estiver presente nela.

“Eu, o Pregador, venho sendo rei de Israel, em Jerusalém. Apliquei o coração a esquadrinhar e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; este enfadonho trabalho impôs Deus aos filhos dos homens, para nele os afligir” (Ec 1.12-13).
De fato, qualquer filosofia que exclua Deus parece um esforço enfadonho, que nunca levará a um resultado que tenha sentido. Por isso, o Pregador também escreve: “Todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir” (Ec 1.8). A filosofia nunca conseguirá exaurir em palavras aquilo que Deus criou, os princípios, as causas e elementos de todas as coisas, o passageiro e o eterno. A razão da vida só pode ser encontrada nAquele que é o sentido da vida, Jesus Cristo. Somente nEle encontramos resposta para a origem, a finalidade e o alvo da existência.
O rei Salomão possuía poder e era infinitamente rico, sua influência estendia-se por toda terra daquela época, sua inteligência e sabedoria eram inigualáveis e seu sucesso era ilimitado. Ele conseguia tudo o que desejava. Outros governantes o admiravam e eram fascinados pela sua sabedoria e pela extensão do seu reino. O mundo estava aos seus pés e todas as portas se abriam para ele. Mas uma coisa ele tinha perdido: o seu relacionamento com Deus, que lhe tinha dado tudo. Salomão chegou a um ponto em que reconheceu que todos os objetivos alcançados em sua vida não faziam mais sentido quando o Deus da vida não fazia mais parte deles: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?” (Ec 1.3).
O próprio Salomão transforma-se no exemplo clássico de uma vida em que tudo existe em abundância e tudo é experimentado, mas que ainda assim não vale a pena por não estar preenchida com o Senhor da vida. Ao ler o livro de Eclesiastes, conseguimos entrever tudo o que ele tentou e experimentou, apenas para repetidamente testemunhar que tudo era vaidade e correr atrás do vento, que todo o esforço era inútil e que nada permanece. Qualquer coisa que ele tenha tentado veio acompanhada dessa conclusão (Ec 1.14).
Salomão aumentou sua sabedoria e seu conhecimento de forma consciente e também viu abundância deles em outras pessoas (Ec 1.16-18). Ele experimentou alegria, desfrutou da vida e fez grandes obras. Ele sabia aproveitar as coisas boas, construiu casas e plantou vinhedos, jardins e parques. Não lhe faltaram serviçais, rebanhos de gado ou ouro e prata. Havia passatempos e descanso em medida suficiente. Salomão tinha muitas mulheres; ele tornou-se cada vez mais poderoso e não negou qualquer vontade ao seu coração. Mas novamente ele concluiu: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol” (Ec 2.11).

Tantas decepções após desfrutar da vida fizeram com que Salomão ficasse enfadado. Ele resignou, desesperou, ficou deprimido e não conseguia mais dormir: “Pelo que aborreci a vida...” (Ec 2.17). “Também aborreci todo o meu trabalho...” (Ec 2.18). “Então, me empenhei por que o coração se desesperasse...” (Ec 2.20). “Porque todos os seus dias são dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade” (Ec 2.23).
Mas Salomão não parou por aí. Ele lembrou-se novamente do Senhor: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Ec 3.11).
Há algo no coração que muitas pessoas tentam sufocar, amontoando outras coisas por cima. É a consciência da eternidade! Nada consegue apagar totalmente essa consciência, nem a teoria da evolução, nem as ofertas do mundo, nenhuma filosofia, nem mesmo o ateísmo. Justamente essa “insegurança”, essa meditação sobre a eternidade, é uma prova dessa mesma eternidade e da existência de Deus, e também de que há um sentido mais profundo em nossa vida. O homem precisa do Deus eterno. Se não, por que tudo perderia o sentido sem Ele? Porque Ele é a resposta, a plenitude e o amor completo. Por isso, no final do livro Salomão chega à seguinte conclusão: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Ec 12.13-14).
A vida só terá sentido completo quando encontrarmos a Deus. Sem Ele sempre ficará faltando algo. O Deus verdadeiro, que gravou a Sua eternidade em nossos corações, revelou-Se em e por meio de Jesus Cristo. Jesus cumpriu todos os mandamentos de Deus de forma completa. Por isso, todo aquele que se volta para o Senhor é completamente justificado. O homem não poderá realizar nenhuma obra melhor, nenhum mandamento maior do que crer em Jesus Cristo.

“Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.28-29).
Quem se entrega confiantemente ao Senhor da vida terá sua existência preenchida com sentido e valor, não precisa continuar buscando sem descanso, não precisa resignar, decepcionado e cansado da vida. Ele terá encontrado o sentido de sua existência e viverá por toda a eternidade. Todo ser humano vive impotente debaixo do sol, mas um verdadeiro Homem e verdadeiro Deus vive onipotente acima do sol: Jesus Cristo. Entregue sua vida a Ele! 
(Norbert Lieth)


terça-feira, 8 de novembro de 2011

SOMENTE PELA FÉ!!


O Deus Da vida contra o deus da morte
Por que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó deixou o jovem José ir justamente para o Egito? Por que Jacó e sua família, inicialmente com 70 pessoas, teve de se dirigir para lá (Êx 1.1-5), estabelecendo-se no Egito e tornando-se ali um grande povo (Êx 12.37) antes que o Senhor os conduzisse de volta à Terra Prometida?
Existem diversas razões, e uma delas parece ser que o Deus da vida confrontou os deuses da morte. Um povo que representava o Deus vivo foi enviado a um povo que, naquela época, representava a morte como nenhum outro, que era literalmente dominado pela morte. Nesse encontro e nessa confrontação entre o povo de Israel e os egípcios já encontramos uma indicação antecipada do Evangelho e do envio de Jesus a este mundo de morte.
O Egito era a corporificação do culto à morte. Nesse povo, tudo era voltado para a morte. Ainda hoje, as grandes pirâmides, gigantescas sepulturas, são testemunhos da morte todo-poderosa. O enorme rosto de pedra da Esfinge de Gizé olha há 4.500 anos na direção do sol nascente, expressando o anseio por ressurreição e vida após a morte. Os tesouros dos túmulos, a arte de embalsamar os mortos, os templos e os símbolos consagrados à morte, as inscrições nas paredes dos santuários, os livros dos mortos com histórias acerca da viagem dos falecidos ou os 2.000 deuses egípcios manifestam esse anseio. Um dos deuses principais era Ra, o deus do sol. Todos os dias Ra passava pelo céu em seu barco solar, indo da terra dos vivos no Oriente à terra dos mortos no Ocidente. Por essa razão, a maior parte dos sepulcros se encontram na margem ocidental do Nilo. Osíris era o deus da morte e o senhor do reino da morte. Antes que os mortos entrassem no reino de Osíris, tinham de passar por um teste. Seus corações eram pesados em uma balança, sendo comparados com o peso de uma pena. Se o coração fosse mais pesado que a pena, a alma era tragada. Boas obras e rituais feitos em vida deveriam impedir isso. A caminho do além havia muitos perigos à espreita, por exemplo, monstros ameaçadores. Para chegar em segurança ao reino dos mortos, alguns rituais tinham de ser executados. Se um ritual deixasse de ser feito ou não era executado com perfeição, a alma era condenada às trevas eternas.
Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte, por isso seus sepulcros eram equipados com camas, jogos, cosméticos e até alimentos. Muitos faraós foram enterrados juntamente com seus barcos, para que pudessem acompanhar Ra em sua viagem diária pelo firmamento. Na preparação dos cadáveres para a conservação, os órgãos eram retirados e depositados em recipientes especiais. Os sacerdotes abriam a boca da múmia para garantir que o morto conseguisse respirar, falar e comer no além. O coração era considerado a sede da alma, por isso era deixado no corpo. Os antigos egípcios penduravam amuletos, muitas vezes dúzias deles, nas múmias. Eram talismãs, por exemplo, o “olho de Horus”, para dar sorte e protegê-los. Pesquisadores encontraram tiras de linho, enroladas em uma múmia, que somavam 4,8 quilômetros de comprimento.

O reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível, incentivando o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade.
O Egito era o potência mundial da sua época e representava toda a situação do mundo de então, um mundo cativado pela morte, que ansiava por vida eterna e fazia infinitas tentativas de driblar a morte e ganhar a vida.
O Deus da vida, que se apresentou a Moisés como o Deus dos vivos (compare Êx 3.6 e Mc 12.26-27), fez ir ao Egito, ao “vale da morte”, o povo que Ele escolhera e chamara, através do qual viria a nascer o Salvador, Jesus Cristo. A vida de José já lança uma luz profética sobre Jesus Cristo. E Moisés, o Libertador, também é uma figura do Messias. As palavras de vida que foram proclamadas lá no Egito, o Cordeiro Pascal que foi imolado pela primeira vez no Egito, a formação de um povo que traria o Messias ao mundo – tudo isso foi uma antecipação do Evangelho, uma indicação evidente das intenções salvadoras de Deus para com o mundo. Mais tarde, quando Jesus nasceu, para cumprir a profecia, Ele teve de ir ao Egito (Mt 2.13-15). Ele, que é o Pão da Vida, que pode dar a vida eterna, chegou a uma terra visivelmente caracterizada pela morte.
Se Jesus, que veio ao mundo como judeu em Israel, ali morreu na cruz do Calvário e ali ressuscitou dentre os mortos, se esse Senhor da vida passou algum tempo no Egito, isso enfatiza qual era a finalidade da existência de Israel, qual era e continua sendo sua vocação e seu destino. Isso também explica a história de amor entre Deus e este mundo. Deus enviou vida a um mundo dominado pela morte e abriu a porta da vida eterna pelo Seu Filho.
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo”         (Jo 5.24-26).
O antigo Egito era dominado por incontáveis rituais ocultistas, por preceitos e obras que precisavam ser cumpridos minuciosamente para alcançar a vida. Mas, mesmo assim, tudo isso era apenas logro e engano. O que restava era só um débil raio de esperança, mas principalmente o medo constante de ter negligenciado algo importante ou de ter deixado de fazer alguma coisa decisiva para entrar na vida eterna após a morte. A esse mundo marcado por tão fortes tentativas de auto-salvação, Deus enviou Seu Filho, que escancarou para nós a porta da vida eterna, e agora é preciso apenas entrar por ela. Jesus, o Salvador, consumou tudo para nós. Nenhum ritual, nenhum costume ou culto, nenhuma regra ou rito podem nos trazer a vida eterna. A porta foi aberta por Jesus. É preciso, apenas, entrar por ela para sair de um mundo dominado pelo pecado e pela morte e para entrar no paraíso do perdão e da certeza da vida eterna. Mas como se sai do “Egito da morte” para entrar na “Terra Prometida”? Somente pela fé!

Na Carta aos Hebreus está escrito: “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo” (Hb 11.24-29).
Esse texto bíblico nos explica quatro passos de uma só fé:
1. A decisão, pela fé, de não ser mais filho do mundo – assim como Moisés não queria mais ser filho de Faraó.
2. O passo de fé de largar a velha vida, o que é uma prova de verdadeira mudança (arrependimento) – assim como Moisés literalmente deixou o Egito.
3. Voltar-se pela fé para Jesus Cristo, que é o Cordeiro de Deus, para receber o perdão pelo Seu sangue – assim como Moisés celebrou a Páscoa no Egito.
4. A obediência de seguir adiante com Jesus pela fé – assim como Moisés atravessou o mar Vermelho com o povo seguindo a Deus. (Norbert Lieth