Graça
Santificadora
O Espírito Santo,
providenciou dons espirituais sobrenaturais com o objetivo de equipar e
capacitar cada crente em Cristo para o seu ministério [i.e., serviço] na igreja local.
Naquele momento em que a pessoa, pela fé, recebe a Cristo, ele (ou
ela) é santificado pela graça de Deus. A palavrasantificação significa “tornar santo” ou “separar
para Deus” com propósito ou uso sagrado. A Bíblia menciona pessoas, lugares,
dias e objetos inanimados consagrados (i.e., separados) a Deus. No que se
refere a um indivíduo, a santificação pode ser definida como a obra da livre
graça de Deus através do Espírito Santo, na qual Ele separa o crente para ser
amoldado ou conforme à imagem de Cristo.
As Escrituras se referem a três estágios de santificação pela
graça de Deus. O primeiro deles é o da santificação
posicional que diz respeito à
posição santa do crente perante Deus, fundamentada na redenção que Cristo
efetuou a seu favor.
O segundo estágio é o da santificação
progressiva, na qual o crente
em Cristo se encontra no processo de ser santificado através da Palavra de Deus
(Jo 17.17). Os crentes são exortados a crescer “na graça” (2 Pe 3.18); na busca desse crescimento, tornam-se
recipientes do favor imerecido que procede do Senhor. O crescimento na graça
não é obtido por meios naturais, mas se dá através do estudo da Palavra de Deus
(2 Pe 1.2-3,5-6,8). À medida que um crente em Jesus cresce na graça, o fruto do
Espírito se torna manifesto através da vida dele ou dela (Gl 5.22-23), levando
a pessoa a uma conformidade com a imagem e semelhança de Cristo (Rm 8.29).
O terceiro estágio é o da santificação
completa ou perfeita, que os crentes conhecerão por
experiência quando receberem seus corpos glorificados e se completar a sua
redenção (Rm 8.30; Ef 5.27). Esse acontecimento se concretizará na ocasião do
Arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-52; 1 Ts 4.16-17).
Graça
Servidora
A palavra dom (do termo grego charisma: “dádiva ou dom da graça”) se refere a
um favor que alguém recebe gratuitamente, sem merecê-lo. Deus, por intermédio
do Espírito Santo, providenciou dons espirituais sobrenaturais com o objetivo
de equipar e capacitar cada crente em Cristo para o seu ministério [i.e.,
serviço] na igreja local. Não existe apenas um dom, mas, sim, uma diversidade
de dons que o Espírito Santo concede aos crentes (Rm 12.6-8; 1 Co 12.8-11; Ef
4.7,11-12; 1 Pe 4.11).
O sofrimento faz parte da condição
humana, em virtude do pecado, do envelhecimento do corpo, da desobediência ao
Senhor, ou da punição de Deus.
Os crentes dispõem de “diferentes
dons segundo a graça que [por
Deus] nos foi dada” (Rm
12.6). Alguns crentes possuem
uma abundância de dons, enquanto outros possuem apenas um ou dois. Esses dons,
ou graças, não são dons, talentos ou habilidades naturais; pelo contrário, são
dons proporcionados por Deus, os quais, através do crente, efetuam a edificação
do Corpo de Cristo, rendendo, assim, a glória que pertence a Deus.
No uso de seu dom, um crente deve se dirigir às outras pessoas
com uma atitude de graça. O apóstolo Paulo declarou: “A vossa conversa seja
sempre com graça” (Cl 4.6; conforme a Tradução Brasileira). No que dizia
respeito ao serviço para o Senhor, Paulo estava equipado, não com sua própria
força e poder, mas com a graça de Deus que lhe fora outorgada. Ele disse: “...trabalhei muito mais do que
todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co. 15.10).
Graça
Sofredora
O sofrimento faz parte da condição humana, em virtude do pecado,
do envelhecimento do corpo, da desobediência ao Senhor, ou da punição de Deus.
Paulo tinha um “espinho na carne” (i.e., uma debilidade física) que ele, por
três vezes, suplicara a Deus para que fosse removido. Cada uma de suas súplicas
recebeu esta mesma resposta: “A
minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9). Em outras palavras, a graça de Deus
era suficiente para fortalecer Paulo em sua dificuldade física, de modo que ele
a pudesse suportar. O mesmo acontece com os crentes nos dias atuais. Deus
proporciona a graça suficiente para nos fortalecer em meio a qualquer provação,
tentação ou período de sofrimento.
Paulo resumiu isso com muita propriedade, quando escreveu: “Porquanto a graça de Deus se
manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11). Isso diz tudo. Junto com a compositora
daquele hino, cantamos: “Maravilhosa, infinita, incomparável...” é a
surpreendente graça de Deus. (David M. Levy ( ultima parte)l
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