3ª Parte
Seus
pensamentos são expressos de uma maneira muito clara nos dias de Samuel: "...constitui-nos,
pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe como o têm todas as
nações" (1 Sm 8.5). Essa foi e continua sendo,
até aos dias de hoje, a grande tragédia de Israel.
Como
cristãos renascidos somos chamados, somos "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus", a fim proclamarmos "as virtudes daquele que" nos "chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9). Essa é a razão
porque não podemos abrir-nos para o espírito que domina tudo ao nosso redor e
caracteriza a época em que vivemos. Pelo contrário, para nós vale o que está
escrito em Romanos 12.2:"E não vos conformeis com
este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".
Se bem
que, por terem recebido o Espírito Santo, os crentes da Nova Aliança poderiam
evitar os mesmos erros que o povo de Israel cometeu no passado, muitos acabam
caindo neles. Com muita facilidade a vontade de Deus é ignorada e deixada de
lado. Mesmo nos trabalhos da igreja, muitos deixam-se nortear por aquilo que
está de acordo com a razão humana ou combina mais com os sentimentos e as
emoções, ao invés de se manterem firmes nas diretrizes claras da Palavra de
Deus. Com todo o seu ativismo, o que muitos cristãos buscam é satisfazer o
próprio "eu". Por essa razão, Jesus disse palavras muito duras sobre
as atividades religiosas meramente humanas: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos
céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt
7.21).
Na vida de
um cristão neotestamentário ainda podem existir ídolos como aqueles que o povo
de Israel adorava? Infelizmente, sim! Tudo aquilo que amamos mais do que Jesus
Cristo, tudo que tem valor superior a Ele em nossa vida, é um ídolo. Ídolos em
nossas vidas podem ser nossos pais, nosso marido ou esposa, nossos filhos. Será
que não devemos amá-los? É claro que sim! Mas somente depois que Jesus tiver
ocupado o primeiro lugar em nosso coração, poderemos amar nossos pais, nossa
esposa ou esposo, e nossos filhos da maneira correta. Uma bela casa, um
automóvel novo, uma conta bancária polpuda e muitas outras coisas podem
tornar-se ídolos para nós: "...onde está o teu tesouro, aí estará também o teu
coração" (Mt 6.21). "Ninguém pode servir a dois
senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a
um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas" (v. 24). Uma coisa exclui a outra.
Mas o
ídolo mais difundido entre os crentes é a vontade própria, e quando ela domina,
o ídolo está assentado no trono. Todas as coisas passam a girar em torno dele,
todos têm de fazer o que eu quero e o que agrada a mim. Entretanto, não existe vida mais feliz
e mais cheia de satisfação do que quando buscamos exclusivamente a vontade de
Deus. (Werner Beitze
CONTINUA
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